Raízes

A prosperidade pode ter uma ação mais devastadora do que o sofrimento.

O sofrimento pode ter um efeito mais abençoador do que a prosperidade.

Nossa experiência e reações, tanto no sofrimento quanto na prosperidade, dependerão de onde está arraigado o nosso coração e de quão profundas estão as raízes.

      Podemos pensar em muitas coisas, em muitas situações e até mesmo em muitas pessoas ao citar a palavra prosperidade, assim também ao citar a palavra sofrimento. Neste aspecto temos, todos nós, algo em comum: o sofrimento é indesejado (Salmo 119:53) e a prosperidade é buscada (Salmo 118:25.). Uma das coisas mais certas é que estamos sempre sujeitos a estas duas  circunstâncias em intensidades maiores ou menores. Encontramos nas Escrituras  Sagradas, a Bíblia, exemplos de diversas reações e avisos quanto ao sofrimento e quanto à prosperidade.

      Começando pela prosperidade, posso recordar um dos salmos, onde a prosperidade não promove ações e reações dignas de apreciação (Salmo 73). Deus tem prazer na prosperidade daqueles que O amam (Salmo 35:27). Acreditamos que a prosperidade sempre nos será a melhor opção, porém o que garante que não seremos corrompidos na prosperidade (financeira, poder adquirido, realização, conquista, etc.)?

      O sofrimento é sempre considerado como vilão. Certamente ninguém, em sã consciência, desejaria sofrer. Ainda que a prudência possa ser uma eficaz ferramenta para evitar alguns sofrimentos, infelizmente não evita todos. Nem mesmo ser genuíno cristão fiel garante uma imunidade a sofrimentos (Salmo 25:18; Lucas 22:15). Os mesmos sofrimentos aos quais não-cristãos ou ateus estão sujeitos, podem vir sobre os que se dizem apegados a Deus  e aos que são cristãos genuínos e fiéis (Salmo 32:10). Entretanto encontramos um excelente resultado do sofrimento na declaração de Jó (Jó 42:5). O salmista até elogia o efeito do sofrimento em sua vida (Salmo 119:71). Então, o que pode nos conduzir a um melhor aproveitamento do desagradável e indesejado sofrimento?

      O sábio Salomão foi inspirado por Deus ao escrever que devemos guardar o nosso coração (Provérbios 4:23).  O profeta Jeremias ilustra as experiências, atitudes, ações e reações como frutos  de uma árvore ou arbusto (Jeremias 17:5-10). Produzirá frutos bons ou maus dependendo de onde está arraigada. Nossos frutos, bons ou maus, são indicadores de onde temos fixadas as raízes de nosso coração (Lucas 6:45). Somos chamados a não confiar em nosso coração, mas a ter nossa vida com raízes profundas em Deus.

      Onde está arraigado o seu coração? Observe suas atitudes, ações, reações e palavras  em meio às boas e às más situações, no sofrimento ou na prosperidade. Elas indicarão onde está seu coração. Considere a necessidade de mudar seu coração colocando-o em Deus. Este é o nascer de novo que Jesus falou a Nicodemus (João 3:3-8). Perdão e reconciliação são vindos de Deus através de Jesus (Romanos 5:10). Jesus, através da sua morte e ressurreição, garantiu que esta mudança de coração é possível()João 3:16-19. Crer na salvação que Ele proveu, arrepender-se dos pecados e abandoná-los é o primeiro e mais importante passo para que seu coração esteja realmente em Deus(João 8:31).

      Observe seus frutos sempre, este é o “vigiar” do qual Jesus falou (Marcos 14:38). Pode ser que seu coração lance raízes para a sequidão… Considere a importância de não estar apenas superficialmente nEle, mas sim com raízes aprofundando mais e mais. Mesmo o intenso calor do sofrimento ou as agradáveis chuvas da prosperidade serão úteis e bons para produzirmos bons frutos, se raízes do coração estão em Deus. Então as circunstâncias agradáveis ou desagradáveis serão úteis e te possibilitarão adorar a Deus e desfrutar a paz e a felicidade que só nEle se pode encontrar.